domingo, 25 de novembro de 2012

Poço da Tortura

Poço deTortura

Me liberte desse inferno de sensações
Me retire  desse limbo nauseante
Desse furacão cruel e lascivo de emoções
Onde me afundo em lama, não há caminhos adiante
Sufoca-me as palavras entaladas
Vergonhosas de serem ditas
A única forma de liberta-las é regorgitando
em poças ácidas e  fétidas
Para um público macabro, pessoas malditas
Que vendo meu sofrimento seguem andando
 se alimentam de minhas feridas
Então tente me ajudar pobre herói entediado
Dê um sentido a sua vida
Entre nesse buraco de escarnecedores
E  tente salvar uma pobre alma perdida
Ainda tenho esperanças que meus versos
tristes, rancorosos e por vezes repletos de terror
Um dia virem lindos poemas floridos
Que arranquem risadas e suspiros de amor





Mila Knox

domingo, 18 de novembro de 2012

Mundo Único de uma Menina Surpresa

Mundo Único de uma Menina Surpresa

Se quero escolher amigos pelo que acho justo,
talvez nem eu mesmo seria adepto da própria confiança.
Se fosse escolher a felicidade,
que não fosse acompanhada pela paz.

São dois cães mordendo o pescoço um do outro,
ambos em coleiras,
chamadas dor e amor.
Uma prende como a outra
mas no fundo são semelhantes entre si.
O animal que mais morde o outro,
é o que eu mais capricho a tigela.

Porque os sonhos são os mesmos que nos movem,
os risos que nos fazem sorrir são os mesmos que nos fazem chorar.

Já parou pra pensar
e censura são os mesmos?

Se existe mesmice demais nesse mundo,
uma não se compara a outra,
mas se completam.

Não há espaço para romantismo num mundo que precisa antes de tudo da beleza que ele mesmo mata.

Porque entre beijos e tapas desferidos,
ambos nascem pelo mesmo motivo.

(Bob Jester)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

INTENSA

INTENSA

Se aparento calma, doçura
Por outro lado sou tormenta
Sempre insatisfeita, quase sempre insegura
Se minha beleza te convence
Não posso evitar que se engane ou se iluda
Por dentro há horror e um poço de arrogância
Que assim como um vulcão
Espera a hora certa de acordar
Para que com seus ácidos destrua,
Mate e devaste, os que ousam me contrariar
Sou tempestade, furacão
Em uma noite calma e abafada
Estrelada, instável, pronta a surpreender
Talvez decepcionar, amendontrar
Te seduzir, amar e depois simplesmente se esvair
MILA KNOX

sábado, 3 de novembro de 2012

PRETÉRITO DO PRETEXTO

PRETÉRITO DO PRETEXTO

E saber que não me pertence
Esse lugar ou outro qualquer
abre as profundas feridas
Que na verdade nunca se fecharam

E perceber que não me compreende
Ser esta, a outra, ou apenas mulher
Perdida em promessas, entre avenidas
com inveja das que ja amaram

e ver que estou doente
e você não me acolher
nessas vindas e idas
de sentimentos que há muito me mataram.

(Camila Gouvêa/Mila Knox)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"T"

"T"

E sempre chega a hora
De se  contorcer e implorar mais
Por mais beijos
Mais carícias
E a saudade dos delírios aperta
O corpo transpira libidinosamente
Dor, urgência, agora...
Espera dolorosa
E inevitavelmente o ventre
Grita e geme por mais!
Mais de você!
Mais prazer!