domingo, 28 de outubro de 2012

SIMPLES ASSIM!


SIMPLES ASSIM!

Simplesmente você enxerga
Que não há alegria que nunca acabe
Muito menos sofrimento que dure para sempre
Simplesmente você sente
Essa coisa que comove
Que causa festa, alvoroço
Rebuliço, inveja e até guerra
Simplesmente você se torna
Algo inexplicável, inexpugnável
Aquilo que locomove o mundo
O misto abismo de paixão, urgência e ardor
Simplesmente você aceita e assume
Que não há palavras, nem disfarces...
Não há saída, ou valvula de escape
Você se entrega!
E simplesmente é AMOR!!

CAMILA GOUVÊA

terça-feira, 23 de outubro de 2012

:D

: D

( Entre Todos Os Outros )



As dores no corpo

e o ardor das marcas

de batalha da noite

passada

ao teu lado

me lembram

um passado,

tão próximo e tão real,

e me fazem sorrir

entre todos os outros

que ao meu redor

caminham por aí tão sérios

e não compreendem

a minha felicidade

tão escancaradamente

estampada no meu rosto!



( Roder )

PERSPECTIVA

Perspectiva
E o tempo sempre cruel

De um lado avisando que falta pouco

o final esta por vir

Exige o sossego, a estabilidade...

Precisa de segurança



Sempre, sempre cruel...

Do outro lado avisando que se viveu pouco

Há tantos lugares pra ir

Exige desapego, diversidade

Precisa de festa, dança...



O tempo, desatento, nem percebe

Que há muito foi esquecido

Não precisamos de muito

Só de um olhar bem vindo de quem recebe

Nosso sentimento, e entorpecido diz:

-Dane-se o maldito tempo!



( Camila Gouvêa )
 
 

CIRANDA DA CORDA

CIRANDA DA CORDA



Roda, gira

Pra chegar

Gira e roda

Pra partir

Roda, gira

Pra enganar

Gira e roda

Pra assumir

De volta, em volta

Envolta em dor

Se volta pra dentro

Gira, roda...

Acorda, introduz

A introdução da corda

No pescoço

O salto descalço

O pêndulo humano

E o corpo não mais grita

Só roda e gira



( Mila Knox )

Cinzas

Cinzas



O eco do silêncio

Tic tac faz as horas

O eco do momento

Tanto faz quem sou agora

Tudo que restava

Do pouco que sobrou

Se foi com o tempo, se foi com outros

E agora só há um jeito

De me lembrar quem sou

Dizer meu próprio nome

Sussurrado, surrado e disforme

Mesmo assim, sou pouco

Sou restoDe mim você não sobrou



( Mila Knox )

:)

: )



Ah!...

vamos falar de amor?



Não!



O amor não precisa

ser discutido,pensado

ou filosofado.

O amor precisa ser sentido

e vivido intensamente,

mesmo com todos os seus

conhecidos riscos,

porque quando amamos

tudo o mais decorre

e nada mais tem

tanta importância assim!


( Roder )
LOBO MAU
Drena os sonhos da minha infância
Os suga como mel
Destruindo toda esperança
Colocando fogo em meu carrossel
Assassina a bailarina
Que habita na caixinha
Joga as peças na latrina
Sussurra: Está sozinha!
Canta as cantigas da inocência
Me despindo de pudor
Revela-me a indecência
Se deleita em meu horror
Mata as borboletas e as exibe como troféu
Me roda na ciranda até a risada virar pavor
Até o doce mais doce fica amargo como féu
E no fim ele diz que isso tudo se chama AMOR!
( Mila Knox )

PESAR

PESAR
É tanta dor em um espaço tão pequeno
Tanto veneno no peito
Tanto jeito de se machucar
Tanto pesar por quase nada
Tanta fachada de sentimento
Tanto sofrimento ao amar
Tanto fundamento sem razão
Tanto coração amargurado
Nessa incessante busca
De simplesmente
Se sentir amado.
( MILA KNOX )
CONFUSÃO




E no meio de tanta tormenta
eu não peço quase nada
Não preciso de miúdos
Não preciso de razão
Sofro sim, e sofro calada.
A insanidade me alimenta.
O ódio me condena.
Sussuros, gemidos e ruídos
me levam à desolação.
A vontade de viver é pequena
em meio a esse caos de sentimentos
Fazendo eu me sentir
mais uma viciada em solidão.
Decido não reagir nesses momentos
Não vou insistir na questão
existir, interagir, lutar por espaço...
Quando vc sabe que no final
tudo isso vai te levar pro buraco
e ninguém vai ter compaixão
( Mila Knox )

Sem Medo

Sem medo,
só a doce agonia 
de ter você.
Sem culpa,
só desejo e fantasia.
Busco por prazer.
Esqueço meus rancores
Nada tenho a perder
Sem pudores, sem juízo
me liberto das correntes
Sempre vou ceder 
aos meus instintos
Porque agora tanto faz 
Afoguei meus amores
Venha e tente me conter
Satisfaça-me se for capaz
E simplesmente não procure entender.

( Mila Knox )
PSIU!



Não cruze meu caminho

Não me dirija palavras

Não me importa se esta acompanhado ou sozinho

Se suas idéias são novas ou usadas

Já vi suas muitas máscaras e seus vários lados

Nenhum deles me interessam ou mesmo me atraem

Só aquele que pode ser revelado com um machado

Faca, ou qualquer objeto afiado

Que dever ser tão inútil

Quanto suas mentiras, palavras

E conversas fúteis...

Imprestável, ignorante

Ignóbil, desprezível

Se te consola vc tem uma útilidade:

Servir de fertilizante!!

( Mila Knox )
Há tempos que não me vejo



Há tempos que não me vejo

não me percebo

não me encontro

Há tempos que não me escuto

não me conheço

não me permito

Há tempos que não me amo

não me acaricio

não me arrumo

Há tempos que no tempo

não há nada

só silêncio... vazio... tristeza...



( Mila Knox )
Desalento





Saia e me deixe sozinha com minha dor

Nada do que você disse mudará minha condição

O meu conforto é no vazio não no amor

O meu vazio não é calma, mas sim confusão

Houve um tempo em que acreditei

que a alegria se instalaria na minha vida... ilusão...

Mas cansada de esperar me entreguei

a esse sentimento desgraçado... desolação...

Não quero que me console, ou tente me alegrar

Quero a calma da cama fria

E não há nada nesse mundo que me possa consolar

Prefiro me vestir com sarcasmo e ironia

Então saia, me poupe de sua piedade

Não preciso de suas orações durante o dia

Muito menos de sua amizade



( Mila Knox )

EQUILIBRAR

Equilibrar
E na balança da vida
Peso tudo
Minhas dores e frustacões
Feridas e lágrimas
Peso até mesmo o pesar
Por deixar que minhas decisões
Se tornarem frustrações de outros
Cada dia mais coisas a pesar
As consequências de minhas atitudes
Os encontros de minha razão
Minha vontade de amar
Os desencontros do meu coraçao
Tentar fazer o correto
Escolhendo se seria eu ou o outro a se machucar...
( Mila Knox )

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BURACO

Buraco



No buraco que cai

Não existe coelho branco

Muito menos mundo encantado

Nenhuma perspectiva de sair

Só agonia e pranto

Um vestido abarrotado...



Nesse buraco tenebroso

Ninguém me convida para tomar chá

A lagarta não vira borboleta

O cavaleiro não passa de um medroso

Nenhum socorro vai chegar

Só escuridão ... simples... preta...


( Mila Knox )

REDENÇÃO


REDENÇÃO

Por trás da fechada bonita 
Há dores e grandes prisões 
Desejos, manias... vida parasita 
Nada de quietude ou paz, apenas compulsões

E todos que a cercam 
Nem percebem que há algo errado
Garotas como ela não pecam
Nunca arrumam namorado 

Então ela decide acabar
Não aguenta se sentir culpada
Esse mundo vai deixar
Na esperança de toda dor ser aliviada

Se trancou
Se despediu da vida se olhando no espelho ...
Se cortou
O mundo ficou vazio e vermelho...

Ninguém esperava
Fez enquanto todos dormiam
Enquanto as horas passavam
Sua alma partia
(Mila Knox)